Quase cinco anos após o trágico incêndio no Ninho do Urubu, que tirou a vida de 10 jovens jogadores da base do Flamengo, as famílias das vítimas ainda sofrem com a perda irreparável. Em 8 de fevereiro de 2019, um curto-circuito em um aparelho de ar condicionado provocou o incêndio que atingiu o alojamento das categorias de base do clube, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Na tragédia, além das 10 mortes, três jogadores ficaram feridos, incluindo Kauan Gomes, que sobreviveu, mas carrega as cicatrizes emocionais até hoje.
Em uma reportagem recente, duas mães relataram com exclusividade a dor que ainda vivem e a busca por justiça. Rosana, mãe de Riquelmo, relembra como o filho, nascido em Limeira (SP), sonhava com uma carreira no futebol e deixou sua casa aos 12 anos para seguir esse sonho. Andrea, mãe de Christian, conta sobre o vazio deixado pela perda do filho, destacando o quanto ele era um ser humano incrível. A família de Christian foi a única que não aceitou a indenização oferecida pelo Flamengo, buscando até hoje uma resolução justa nos tribunais. Enquanto o caso segue sem definição, com oito réus respondendo em liberdade, as memórias e a dor das famílias permanecem vivas.